Uma história para uma imagem
A viagem de Alfred
Certo dia, um homem chamado Alfred caminhava sobre as ruas, quando se deu com uma moça e logo se apaixonou. Então os dois saíram e Alfred disse à moça que teria de ir. Ele partiu, e ela disse que esperaria a volta dele.
Depois que partiu, ficou pensando nela, pensando em voltar depois da guerra para vê-la novamente.
Na guerra, Alfred se perdeu, e não conseguiu encontrar o exército de volta, e nenhum sinal havia. Alfred ficou muito tempo perdido, até que encontrou um acampamento. Ele estava fraco, pois ficou muito tempo vagando por aí, sem ter nada para beber ou comer. Um senhor viu Alfred e o ajudou, deu água e alimento, e depois que se recuperou, disse ao velho que ia voltar para sua casa e partiu.
Ele seguiu em frente procurando sua casa, passou por muitos lugares mas não a encontrou. Alfred estava perdido, sem saber onde estava e pensando em sua amada que prometeu esperar. Ele continuou andando, procurando por sua casa. Como estava perdido, ele se sentou, pensou e depois dormiu. Quando amanheceu, Alfred avistou uma casa. Chegou lá, encontrou uma senhora sentada do lado de fora e perguntou onde ficavam os trilhos para poder pegar um trem. A senhora mostrou a direção e ele foi correndo até lá. Enquanto esperava o trem, Alfred comeu algo para ter forças para continuar.
Ao chegar, disseram-lhe que eles haviam ganhado a guerra. Alfred encontrou a moça esperando e deu-lhe um beijo. Alfred contou-lhe toda a sua viagem.
Em alguns anos ele se casou, teve a sua casa e viveu com quem amava sem precisar viajar.
Jefferson Guilherme da Silva, 1ª B.
Amor à primeira vista
Tudo começou em Nova Iorque, quando Frank se atrasou 5 minutos para pegar o bonde das 14:00. O bonde partiu, fazendo Frank esperar o das 15:00. Chegando no bonde, Frank encontrou uma moça muito bela. Ele ficou apaixonado assim que a viu, mas ela não lhe deu ousadia. Seu rosto era muito belo, Frank ficou encantado.
Frank conseguiu saber seu nome, pois ela tinha deixado cair sua identidade. Seu nome era Annie. Annie foi embora e Frank ficou com a esperança de que iria encontrá-la mais uma vez.
Dias depois Frank ficou sabendo que iria ter uma festa à fantasia na Times Square. Frank, ao ficar sabendo, criou esperança de poder encontrar Annie por lá.
Quando chegou o dia da festa, Frank colocou uma roupa de marinheiro, se perfumou todo e foi para a festa. Chegando, Frank correu os olhos pela multidão, mas eram tantas pessoas que não dava para achá-la. Quando Frank já estava desistindo, ele vê Annie e vai falar com ela. Quando ela o vê, seu coração acelera, ela sente um frio na barriga e eles acabam dando um beijo de amor e ficando juntos.
Lucas Meneses, 1ª C.
Frederic Benjamin
Corria o ano de 1944, eu, uma jovem de família, vivia meus anos de juventude no norte do Maranhão, aqui no Brasil. Em pouco tempo vi chegarem em minha cidade alguns militares, e com as notícias da Guerra na Europa se intensificando, esta movimentação foi crescendo. Uma base militar foi aqui montada, pois diziam ser um ponto estratégico, tendo agora o Brasil ao lado dos aliados.
Nos finais de semana, noites quentes, luzes dos bares, as conversas se intensificavam. Eu e minhas amigas gostávamos daquela novidade. Foi assim que conheci Frederic Benjamin. Um jovem marinheiro que servia à Marinha Americana. Em breve iniciamos um romance. Eu achei Frederic bastante romântico e atencioso. Então nos encontrávamos sempre na sua folga, nas noites de calor de minha cidade, passeando pelas ruas alegres e iluminadas. No começo tive dificuldade com o idioma, mas fomos aprendendo um com o outro. Frederic me compreendia muito com o olhar.
Certa noite, afastando-nos das pessoas, fomos até o cais. Na cerca de tela das guarnições militares nos encostamos e observamos a lua que estava linda. Era lua cheia, a noite estava clara pelo luar. Frederic ficou como eu, alguns minutos assim encantado a olhar o céu. Nós estávamos recostados na tela. Depois ele se voltou para mim e com um olhar que eu nunca havia notado, disse-me que aquele era o último final de semana que nos encontraríamos. Ele fora chamado para campo. Tive dificuldade de entender seu Inglês, não sei se fiquei nervosa, porque na verdade havia compreendido o que aquilo significava. Ele se expressou também um pouco em Português e por fim acabamos nosso encontro em lágrimas. Não havia jeito. Frederic voltou-se pra mim e me abraçou por um longo tempo. Beijando-me com ternura, nos despedimos.
Trocamos cartas por meses, até que parei de ter respostas. Numa noite, enquanto dormia, senti alguém tocar-me o ombro. Abri os olhos assustada. Era Frederic. Estava fardado como em todas as noites em que nos encontrávamos. Eu, emocionada, pronunciei alguma coisa com entusiamo. Morria de saudades! Quis levantar para abraçá-lo, ele me conteve com uma das mãos, levemente como fazia, esboçou um breve sorriso e colocou seus dedos em meus lábios para que eu me acalmasse. Ele parecia ao mesmo tempo estar triste. Permaneci recostada em meu travesseiro. Frederic então se curvou e me deu um beijo calmo. Depois outro sobre minha pálpebra e me fez assim fechar os olhos. Acho que adormeci. Vi uma avenida onde havia dezenas de marinheiros. Eles andavam como nas ruas de minha cidade quando passeavam. Iam todos numa única direção. Procurei Frederic no meio deles. Ansiava encontrá-lo. De repente um braço me enlaça e me segura sobre si. Num movimento rápido ele me envolve e sinto seu beijo. Era Frederic! Como não podia reconhecê-lo? Foi um longo beijo. Meio sorrindo e sentindo-o tão intensamente ainda, eu então abro os olhos. Estou sobre minha cama. Uma luz invade meu quarto através da janela. Um sol bonito já ia alto lá fora. Sinto uma profunda paz por alguns segundos, com aqueles raios de sol que entram em meu quarto. Sinto ainda o perfume do meu amor no ar. Tudo era silêncio e somente eu ali me encontrava. Fiquei assim, em estado de êxtase, não sei mesmo por quanto tempo.
Dias depois a Guerra havia acabado. As bases militares se despediam. Procurei notícias de Frederic. Soube de alguns superiores que houve muitas baixas na Marinha. O navio onde Frederic se encontrava, fora atingido numa noite de ataques-surpresa. Não houve sobreviventes.
Quase enlouqueci. Andei com os olhos em lágrimas para me afastar e chegar onde eu pudesse estar sozinha. Ouvi o som do mar, sentei-me na areia. Não queria acreditar. Todos ainda lamentavam a perda de dezenas de jovens. Aqueles mesmos que por muitas noites estiveram andando por aquelas ruas. Eu nunca mais os veria. Apenas sentia em mim, tão fortemente ainda, tão real e intenso, o beijo quente e terno de meu amado Frederic Benjamin.
Nadia Ione Silva Sacramento