terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Apólogos ou contos com objetos falantes

Após uma aula em que li para a turma o conto "Um apólogo", de Machado de Assis, falei das características do gênero. As crianças entenderam. Fizemos as questões de interpretação do texto, assistimos a uma animação do conto, por fim, uma proposta para produzir um conto ou apólogo. 

Abaixo, os melhores textos produzidos.

Samara 6D/2021


Estrada


Era uma vez um homem que viajava em uma carroça puxada por um cavalo preto com partes grisalhas. Enquanto fazia o seu trabalho puxando a carroça em uma estrada esburacada e cheia de pedras, o cavalo ouviu um barulho ou voz:
_ Ai, ai, ai... Como dói! Como dói!
_ Quem é que reclama tanto? _ perguntou o cavalo.
_ Eu. Por quê? Algum problema? _ falou a roda da carroça.
_ Sim, essa reclamação toda está me deixando mais cansado do que já estou! _ respondeu o cavalo já sem paciência.
A roda olhou feio para o cavalo e falou:
_ Cansado? Duvido que esteja tão cansado quanto eu que carrego todo esse peso em minhas costas, além de que fico rodando sem parar nesta estrada cheia de buracos e pedras. Ah, claro! Eu não poderia esquecer que ninguém me limpa há dias. Dias!
_ Não sei porque você está com toda essa impugnação. Também passo por tudo isso. Já estou ficando velho e não faço todo esse escândalo só porque estou cansado. _ retrucou o cavalo.
_ Você não entende o meu lado da história e claramente não entenderia, pois cavalos vivem só uma vez. _ disse a roda.
_ Como assim? _ perguntou o cavalo.
_ Eu sou uma roda feita de madeira, tive muitas vidas, eu já fui uma árvore, depois uma casa, uma vendinha de legumes e agora sou uma roda. Além disso, quando eu ficar gasta ou quebrar, virarei lenha. E só aí que eu partirei dessas minhas vidas cansadas. Já você, acho que não entenderia. Além do mais, só tem uma vida.
_ Bom, agora entendo o porquê de você reclamar como uma velha! Sei que deve estar cansada de tantas vidas, mas veja o lado bom. Você conheceu muitos lugares! _ disse o cavalo.
_ Depois de toda essa confusão, o homem que viajava, tinha chegado em seu destino, enquanto a roda e o cavalo viraram amigos.
(Samara, 6D/2021)


O arroz e o feijão


Era uma vez o feijão e o arroz. Eles brigavam pra ver qual era a melhor comida. Eles dois brigavam no carrinho de compras. Então chegam na casa. A mulher que estava carregando, coloca eles na panela. A briga continuava no fogão, cada um na sua panela. Os humanos não conseguiam ouvir. O feijão falava: "Eu sou mais nutritivo." O arroz falava: "Não, eu que sou mais nutritivo". 
Depois que eles saíram da panela, a mãe juntou eles dois no prato e disse pro filho: "Os dois juntos são muito importantes." 
Eles se desculparam e viveram felizes para sempre. 
(Maik, 6E/2021)


O bule e a xícara


Em um dia de muito frio, estavam discutindo a xícara de cristal e o bule de prata. A xícara iniciou a discussão dizendo:
_ Você não faz nada? Só fica parado esperando que te sirvam a mim?
O bule disse: 
_ Sua única função é ficar com o café do rei, esperando esfriar para ele reclamar furioso.
A xícara refutou: 
_ Quem vai até os lábios do rei? Ah, sou eu! E olho pra você, és de prata, material de baixa qualidade. Eu sou de cristal! Muito mais caro e valioso.
(Silêncio)
Quando bate o sino das quatro horas, vem o rei à cozinha. Alimenta-se e volta às suas atividades. Após isso, vem o empregado, que leva a xícara à pia e a quebra sem querer. 
E o bule disse:
_ Hahaha... Está vendo? De que vale ser de cristal, se és frágil? Você será substituído e eu continuarei servindo ao rei. 
A xícara, furiosa, ficou calada esperando que a jogassem no lixo. 
(João, 6E/2021)


O lápis e a caneta


Num estojo escolar, vivia uma caneta e um lápis. Os dois sempre viveram em harmonia, porém, um dia, o lápis resolveu incomodar a caneta, pois ele se achava muito mais importante do que ela. Eles tiveram uma conversa mais ou menos assim:
_ Você é engraçada, hein? Se alguém cometer um erro de escrita com você, não da para apagar. Nem sei porque você é tão amada pela nossa dona.
_ O que eu te fiz? _ dizia a caneta _ Eu sempre vivi tranquilamente com você!
_ Pois saiba que isso acabou! Acho melhor se retirar, pois você não serve.
_ Nós somos igualmente importantes. Afinal, enquanto você faz rascunhos, eu finalizo. Você não precisa ser tão invejoso. 
_ Invejoso!? _ dizia o lápis com raiva _ Escuta aqui. Acho bom você saber que eu sou o mais importante daqui!
Enquanto o lápis gritava com a caneta, falando vários motivos para ser considerado melhor do que ela, a caneta apenas ignorava. O lápis acabou gritando tanto que a ponta dele acabou se quebrando brutalmente. A caneta, após perceber o acontecimento, falou: 
_ Está vendo? Você ficou se achando o mais importante, mas no final, quebrou a ponta. Se você não fosse invejoso, isso não aconteceria.
O lápis se arrependeu instantaneamente e permaneceu quieto. Após esse dia, o lápis nunca mais a incomodou. Um bom tempo depois, ele se desculpou e eles viraram os melhores amigos. Ficavam cada vez mais felizes, toda vez que trabalhavam juntos.
(Natália, 6E/2021)


sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Seguindo uma linha narrativa





O grande leão branco


Enquanto o sol se punha, em frente à prefeitura, todos os policiais da cidade perseguiam o leão que havia fugido do zoológico. Um grande e feroz leão branco. Ele já estava no meio da cidade, deixando todos com medo. 
O prefeito da cidade rapidamente mandou todos os policiais atrás do grande leão branco. Ele já era notícia em todos os telejornais, pois havia policiais por todas as ruas de Nivi Yorky. As buscas pelo leão branco durou até à noite, até que os policiais cercaram aquele grande animal, mas quando eles foram dar um tiro para sedar o leão, um garoto que parecia ter 15 anos exclamou: "Ei! Não façam isso! Parem!" _ "Sai daí garoto! Esse animal vai te devorar!" _ "Não, ele não vai! Só quero que vocês levem ele para a natureza e o soltem para viver." _ "Não!" _  retrucaram raivosos os policiais.
"OK, então. _ respondeu o garoto _ Se vocês fossem um amimal, vocês gostariam de ficar presos? Não! Então soltem ele!"
O garoto entrou com um processo em defesa dos animais e venceu. Então o grande leão branco finalmente foi solto para viver livremente na natureza.
(Felipe A. S.) - 6E/2021

As crianças mais novas saindo sozinhas

Era uma vez algumas crianças bem novas que saíram durante as férias, no novo shopping do centro da cidade. As crianças mais novas ouviram um grito estranho. Estava de noite e elas foram correndo para o banheiro, com medo. Veio uma moça e falou: "O que foi? Vocês estão com medo por causa dos gritos?"_ Eles responderam: "Sim! Ah e porque eu caí e machuquei meu pé." Aí ela: "Ah, tá!"
(Wesley A. P. C) - 6E/2021

Os primos e os cachorros

No último verão, no casarão abandonado no fim da rua, João e seu primo se esconderam dentro de um baú, para fugir de um cachorro feroz.
O cachorro, que não encontrou os meninos, desistiu de ir atrás deles. Os primos saíram do baú correndo, depois de verem que o cachorro estava longe. Assim, voltaram a brincar normalmente.
(João G. R. N.) - 6E/2021

O barulho estranho

Em um dia normal, já eram as férias e os meninos foram para um castelo que era muito grande e assustador. Ouviram um estranho grito e chamaram a polícia. Só havia eles e ninguém mais. 
Saíram do castelo, foram para casa e cancelaram as férias. Ficaram com a lembrança para sempre.
(Ezequiel A. L.) - 6E/2021




A caminho da caçada

Era uma manhã como todas as outras, quando o Jubileu resolveu caçar para alimentar a sua família. No meio do caminho achou um touro raivoso e começou uma confusão direta. Ele partiu para cima do touro e conseguiu exterminar sua vítima.
(Enzo P. O.) - 6E/2021

 

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

A esfinge e o oráculo de Apolo


CENA 7

(autora: Samara Merielly Germano da Silva - 6º D)


NARRADOR: Logo após Emília colocar seu plano em prática, Visconde saiu correndo do santuário, sem que os guardas o vissem.


EMÍLIA (Levantou-se em um pulo e falou rapidamente): Muito obrigada por sua atenção.

NARRADOR: Emília foi correndo em direção a Pedrinho e Visconde, alegremente.

PEDRINHO: Incrível, Emília! Nem acredito que seu plano deu certo.

EMÍLIA: Mas é claro que deu certo. Bem, não temos tempo para isso. Precisamos ir buscar a tia Nastácia na Ilha de Creta.

NARRADOR: Assim foi feito. Emília, Visconde e Pedrinho foram à Ilha de Creta. Ao chegarem, entraram no castelo do Minotauro e se depararam com uma grande surpresa. A tia Nastácia estava sentada no trono do Minotauro com uma coroa.

VISCONDE (fala espantado): A-a-quela é,é…

PEDRINHO: É a-a…

EMÍLIA (gritando espantada): Tia Nastácia!!

NARRADOR: Quando tia Nastácia os viu, explicou que o Minotauro lançou um desafio para ela. Se ela conseguisse fazer ele sorrir com uma de suas comidas, ele a deixaria viver. Senão, ele iria matá-la. Mas o Minotauro gostou tanto da comida dela, que a transformou numa rainha.

VISCONDE: Bom, já que tudo foi resolvido e a tia Nastácia está bem, melhor nós irmos para casa.

NARRADOR: Eles voltaram para o tempo deles e comemoraram comendo um grande bolo de chocolate.




CENA 7

(autor: Fabrício Barbosa Bortholoti - 6º D)


PEDRINHO (para Emília): Será que ele entendeu?

EMÍLIA: Acho que sim. O Visconde é muito inteligente.

NARRADOR: Então Pedrinho, Emília e o heleno esperaram ali até que o Visconde fugiu.

EMÍLIA: Boa, Visconde! Sabia que você entenderia a língua do “p”. Você é muito inteligente.

VISCONDE: Obrigado, Emília. Mas enfim, descobriram onde está a tia Nastácia?

PEDRINHO: Sim! Com o Minotauro.

VISCONDE (surpreso): O quê!? Co-com o Mi-Minotauro!?

EMÍLIA: Exatamente. Pelo menos já sabem onde ele mora.

VISCONDE: E onde ele mora?

O HELENO: Falamos no caminho. Agora vamos, antes que os sacerdotes comecem a desconfiar.

PEDRINHO: Isso! Vamos lá!

NARRADOR: Foi uma longa viagem até a Ilha de Creta (lar do Minotauro). Lá encontraram tia Nastácia presa em uma jaula, mas para a felicidade deles, o Minotauro estava dormindo.

EMÍLIA: Tia Nastácia! Tia Nastácia!

TIA NASTÁCIA: Emília! Pedrinho! Vocês vieram com o Visconde e…

O HELENO: Me conhecem como heleno. Sou um grego. Muito prazer. Ajudei as crianças e o Visconde a chegarem aqui.

TIA NASTÁCIA (surpresa): Oh, muito obrigada! Mas enfim, as chaves estão no bolso do Minotauro.

PEDRINHO: OK, eu pego.

EMÍLIA (preocupada): Tudo bem, mas cuidado.

PEDRINHO (pega as chaves e abre a jaula)

O HELENO: Muito bem, agora temos que sair daqui antes que o Minotauro acorde.

NARRADOR: Assim que eles saíram da ilha, escutaram:

MINOTAURO (com muita raiva): NÃÃÃÃOOOO!!

TIA NASTÁCIA: Ainda bem que saímos de lá a tempo!

VISCONDE: Sim, ainda bem.

TIA NASTÁCIA: Bom, quando chegarmos, vou fazer um belo banquete. E você está convidado, heleno.

TODOS (alegres) EBAAAA!!




CENA 7

(autora: Suri Valentina Silva Borges - 6º E)


NARRADOR: Os sacerdotes caíram na peça de Emília, fazendo com que Visconde conseguisse sair do santuário.

VISCONDE: Corra, Emíliaaa!!

NARRADOR: Após os três conseguirem sair com a fuga de Visconde, foram procurar pelo heleno.

PEDRINHO: Vejam! O heleno está logo ali.

EMÍLIA (gritando): Helenooo!

O HELENO: Oi, pessoal! Vejo que conseguiram a resposta com a Pítia.

EMÍLIA: Sim, agora eu e o Pedrinho sabemos onde encontrar a tia Nastácia.

PEDRINHO: Heleno, precisamos de sua ajuda para que possamos chegar na Ilha de Creta.

NARRADOR: O heleno observa o pedido de ajuda de Emília, Pedrinho e Visconde.

O HELENO: Vocês sabem que precisamos de uma estratégia para podermos resgatar tia Nastácia do monstro Minotauro.

NARRADOR: No caminho as crianças e o heleno foram planejando o resgate de tia Nastácia. Ao chegar na ilha, se depararam com o tamanho da floresta, sem saber por onde começar a procurar por tia Nastácia.

PEDRINHO (com medo): Vocês ouviram este barulho? 

EMÍLIA (num tom irônico): Calma, Pedrinho. É apenas o barulho da natureza.

NARRADOR: O barulho vem se aproximando cada vez mais pra perto deles.

CRASHH! CRASHH! Os pássaros saem rapidamente, voando das árvores, e nesse exato momento, Emília, Pedrinho, Visconde e o heleno param para poder se esconder. Ao verem o monstro Minotauro, esperaram ele passar em direção ao local de tia Nastácia. Então Emília decide pregar uma de suas travessuras novamente.

EMÍLIA: Vou atrair o monstro Minotauro para o outro lado da Ilha. Pedrinho, enquanto eu prego uma de minhas peças no monstro Minotauro, corra com Visconde e o heleno para resgatar a tia Nastácia.

PEDRINHO: Tome cuidado. Todos nós temos que conseguir sair dessa ilha.

NARRADOR: Com o plano de Emília, Pedrinho aguardava o seu sinal para que o monstro caísse no truque de Emília, com o barulho que ela estava fazendo na floresta. O monstro cai no truque de Emília e sai de perto de tia Nastácia.

PEDRINHO (procurando): Tia Nastácia? Tia Nastácia?

TIA NASTÁCIA: Pedrinho? (ao vê-lo) Pedrinho!

NARRADOR: Visconde e o heleno ajudam Pedrinho a resgatar a tia Nastácia.

EMÍLIA (chega correndo, cansada): Tia Nastácia, está tudo bem?

TIA NASTÁCIA: Simm!

O HELENO: Não temos muito tempo. Precisamos sair daqui.

NARRADOR: O heleno os guia para saírem da Ilha. Chegando no sítio, tia Nastácia cumprimenta a vovó e todos ficam felizes. E para melhorar, faz seus deliciosos bolinhos para celebrar sua volta ao sítio.




CENA 7

(autora: Sterfhanny Conceição Santos da Silva - 6º D)


NARRADOR: Então Pedrinho foi por trás do sacerdote e entrou no santuário.

SACERDOTE: O quê?

EMÍLIA: Era a língua do “p”. Você sabe onde está o heleno?

SACERDOTE: Vi ele atrás do santuário.

NARRADOR: Então Emília foi procurar o heleno, enquanto o sacerdote pegava as dádivas. Pedrinho, percebendo que os sacerdotes estavam distraídos, resgatou o Visconde e saiu do santuário.

EMÍLIA: Heleno, te achei. Estava te procurando. O que estava fazendo?

O HELENO: Vim pegar algumas coisas.

PEDRINHO: Ufa! Achei vocês! Já resgatei o Visconde. Vamos!

VISCONDE: Achei que ia ficar preso lá para sempre.

NARRADOR: Eles caminharam até chegar no Minotauro. Tia Nastácia estava presa em uma gaiola em cima do Minotauro e ele estava dormindo.

VISCONDE: Olha! A chave está na boca do Minotauro.

NARRADOR: Emília teve a ideia de Pedrinho pegar uma madeira para segurar a boca do Minotauro e pegar a chave. Então Pedrinho pegou a chave, subiu no Minotauro e libertou a tia Nastácia.

EMÍLIA: Vamos logo antes que ele acorde!

NARRADOR: Caminharam até chegar na cidade.

O HELENO: Aqui nos despedimos. Foi muito bom conhecer vocês. Nos vemos por aí.

TIA NASTÁCIA: Muito obrigado por acompanhar as crianças.

NARRADOR: Eles foram para o sítio e tia Nastácia fez muitas guloseimas.

TIA NASTÁCIA: Crianças, os bolinhos estão prontos!